O STEFBH participou de nova reunião de negociações com a FCA/VLI, na manhã de hoje, para tratarmos de propostas para o Acordo Coletivo de Trabalho 2022. A empresa encaminhará nesta sexta-feira, dia 23, ao Sindicato ofício com nova proposta econômica e de benefícios socioeconômicos. A empresa indicou também que, nos próximos dias, definirá uma nova reunião, quando pretende apresentar uma proposta final para o Acordo Coletivo.
Na reunião de hoje, a FCA/VLI apresentou apenas proposta de renovar apólice de seguro de vida e de manter o plano de saúde com reajuste de reembolsos pelo mesmo índice de correção dos salários, até agora de 6%.
O diretor do STEFBH, David Eliude, afirmou decididamente à empresa que não chancelará nenhum acordo que represente corte ou prejuízo em benefícios conquistados pelos trabalhadores e manifestou seu repúdio à intenção de redução do adicional noturno de 60% para 40%. Reclamou também da postura da FCA/VLI de não discutir as reivindicações dos trabalhadores passando por todos os pontos da pauta e de apresentar apenas pontos de interesse da empresa. “A FCA pratica o pior salário de ferroviários em todo o País e os maquinistas ainda sofrem com jornada extenuante, em regime de prontidão, hora de passe, sem receberem nenhuma hora extra; não podem curtir suas famílias, nem Natal, nem carnaval, nem aniversário de filhos, só servem para serem chamados para o sacrifício em jornadas exaustivas”, afirmou o diretor do Sindicato
David reclamou que a empresa não apresentou ainda respostas sobre pontos cobrados pelos trabalhadores: ganho real nos salários; tíquete refeição nas férias; inclusão do adicional de insalubridade e periculosidade no cálculo da PLR; adicional de monocondução para os maquinistas, cesta natalina no cartão alimentação e outros.
O diretor do STEFBH afirmou ser muito importante a manutenção de direitos como plano de saúde e seguro de vida, que são intocáveis, mas reclamou do clima pesado entre os trabalhadores de pregações da empresa por prejuízo em direitos, como o adicional noturno. Lembrou também o grave clima de insatisfação dos maquinistas e a disposição de todos de realizarem uma paralisação em defesa de condições mais humanas de trabalho e valorização de sua atividade.