O STEFBH participou na tarde desta quarta-feira, 4 de outubro, de mais um episódio da triste novela das negociações com o Vale para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024. Mais uma vez, a Vale demonstrou sua habilidade em desrespeitar e desvalorizar os trabalhadores, como se fossem meras peças em seu tabuleiro de interesses corporativos.
Na reunião realizada na sede do Sindicato, a Vale trouxe consigo uma atmosfera de ameaças veladas e pressão sobre direitos essenciais dos trabalhadores. Chegaram ao processo de negociação já jogando o terror, criando um clima de apreensão em relação aos direitos fundamentais que a Vale deseja cortar, prejudicando ainda mais o sustento de nossas famílias.
A Vale alegou um aumento nos custos do programa de saúde, culpando os trabalhadores por isso, simplesmente inaceitável. A empresa está se recusando a assumir sua responsabilidade em relação à gestão adequada do programa de saúde, enquanto os trabalhadores são obrigados a conviver cada vez mais com a escassa disponibilidade de atendimento médico de qualidade.
Igualmente revoltante, a Vale ousou questionar o fator de cálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sobretudo o fator vale que ela criou, insinuando que erraram. A própria empresa sempre afirmou que a PLR é um dos principais e diferenciais incentivos para os trabalhadores permanecerem na empresa, e qualquer tentativa de reduzir os seus valores é um golpe contra os direitos dos trabalhadores.
A empresa acena também com dificuldades no tratamento dos reajustes salariais, sob o argumento que a disponibilidade financeira está sendo quase toda gasta com outros direitos da categoria.
Por fim, apresentou uma reclamação absurda em relação ao “adicional de insalubridade”, afirmando erro ao vinculá-lo ao piso salarial e acenando o retorno ao salário mínimo como base de cálculo. Reduzir esse adicional é uma covardia contra àqueles que enfrentam condições insalubres e colocam em risco sua saúde todos os dias.
Afirmamos à empresa que não aceitamos nenhum ataque aos direitos conquistados pela categoria em acordos anteriores. A empresa pode agendar todas as reuniões virtuais que quiser, mas os trabalhadores não cederão à ganância desenfreada da Vale. Estamos unidos em nossa luta por um acordo coletivo justo, que respeite nossos direitos e dignidade como trabalhadores.
Falamos em alto e bom som que não aceitaremos propostas que venham destes argumentos indecentes. Nova reunião de negociações já está agendada para o próximo dia 10 de outubro.