Empresa que prejudicar o valor da PLR e do adicional de insalubridade.
Para uma empresa que teve um lucro líquido de R$ 96 bilhões só em 2022 e que analistas prevêem “dividendos atrativos” de US$ 4,6 bilhões nos próximos 12 meses, chorar dificuldades e querer reduzir adicional de insalubridade de trabalhadores que adoecem na produção é uma piada de mal gosto.
Pois é isto que a Vale está absurdamente pregando: mudar a forma de cálculo do adicional de insalubridade, tirando sua incidência do Piso Salarial na empresa, hoje de R$ 1.933,00 e passando a calculá-lo sobre o salário mínimo de R$ 1.320,00. Quer prejudicar justamente os trabalhadores de salários mais baixos e que têm neste adicional uma compensação por perderem sua saúde em ambientes e condições de trabalho insalubres. Não é apenas desumano, é monstruoso.
Igualmente, a Vale quer prejudicar o cálculo da PLR, mudando o modelo do “fator Vale”, acusando de ter errado quando o elaborou, e de que ele garante valor melhor no direito mesmo quando os resultados da empresa não estejam na estratosfera.
É um absurdo que não aceitamos e que repugnamos, maldade de algum «feiticeiro» para aumentar o lucro em cima do corte de migalhas de quem sofre no trabalho. É de causar nojo e indignação por quem formula receitas como esta, que está sentado em cima de remuneração na alturas e em condições de conforto para prejudicar os companheiros.
Rejeitamos! Não vamos aceitar prejuízo a direitos duramente conquistados!
A empresa anunciou que estica a validade do acordo vigente até 24 de novembro, demonstrando que podem ser longas as negociações do acordo coletivo de trabalho deste ano. Já agendou nova reunião para apresentar novas “idéias” na próxima quarta-feira, 18 de outubro, quando devem aparecer com mais algumas maldades como forma de pressão sobre os trabalhadores.
A hora é de mobilização e consciência de luta para garantirmos um acordo coletivo decente!