A contribuição da Vale para a Valia sobre os baixos salários (até R$ 5.253,91) recebe um afago de aumento de 1% para 2%, enquanto as faixas de salários acima deste valor podem chegar até 9%.
Esta é uma das duas propostas que a Vale apresentou na reunião de hoje por videoconferência. Na outra, a empresa “propõe” a manutenção de todos os benefícios do acordo coletivo vigente, mas não fala em reajustar nem um centavo nos valores que eles representam.
Infelizmente, esta é a forma da Vale negociar com os sindicatos. Simplesmente rasga as “pautas de reivindicações”, não as discute e apresenta só o que interessa à própria Vale.
Pior ainda, a empresa se atreve praticamente a pautar os pontos que pretende mexer no acordo coletivo, além de disparar postagens como se ensinasse sindicalistas a desempenharem o seu trabalho de representação, afirmando agora que reajuste nos salários é muito melhor que nos benefícios, esquecendo que a própria Vale é que estabeleceu ao longo dos anos esta prática de manter salários achatados e aplicar mixarias nos benefícios econômicos que os salários baixos não são suficientes para comprar.
Agora vem com esta prática escandalosa de afirmar que paga os melhores salários de mercado e a mais espetacular “carteira de benefícios”. É um verdadeiro escrache!!!
Certamente somos a favor do aumento da miserável contribuição de 1% para Valia sobre os menores salários, mas o JUSTO seria no mínimo para 5%, dando ao trabalhador o direito de decidir quanto é capaz dele próprio contribuir. Com certeza, nem todos poderiam repassar para Valia muito mais do que tiram dos salários miseráveis,. Mas a Vale estabele um teto de 2% para baixos salários e de 9% para os altos salários! Uma vergonha!
Na reunião, reivindicamos que a Vale faça um paralelo da extraordinária distribuição de lucros para acionistas e valorize mais seus trabalhadores, concedendo um ganho real generoso nos salários, cartão alimentação e todos os benefícios econômicos.
Exigimos também uma prática das outras empresas com quem negociamos de sempre produzir uma ata das reuniões de negociações presenciais e até mesmo gravação das reuniões por videoconferência, para que propostas não evaporem em palavras que não são registradas.
Aguardaremos a próxima reunião esperando que a alta direção da empresa perceba como as relações no trabalho resultam de uma gestão autoritária e autocrática. Esperamos que tenhamos uma nova contraproposta que resgate nos trabalhadores o gosto de se dedicarem para a empresa sendo valorizados.